Diante da acirrada disputa no mercado de trabalho, experiências no exterior como um intercâmbio passaram a ser por demais valorizadas pelos RHs da vida. Claro que quem tem bala na agulha vai fazer intercâmbio na Nova Zelândia, Alemanha, Inglaterra... Eu estou indo pros Estados Unidos, o estino escolhido por quem determinou o programa e criou o concurso de bolsas.

- Estados Unidos é intercâmbio de pobre.
- Mas pobre não faz intercâmbio!
- Faz sim, se tiver ganhado uma bolsa como eu!

Por isso, estou deixando família, amigos, faculdade, estágio pelo período máximo de 1 ano. Vou fazer parte de outra família. Estou partindo rumo à terra do Bush, do McDonalds, do country e de Hollywood. Não quero fazer a América nem deixar ela me fazer. Quero iluminação, amadurecimento, cultura, histórias pra contar, um melhor currículo, um punhado de dólares e eletrônicos mais em conta! Nessa ordem.
Mas não se preocupem. Nas palavras de Jesus e Schwarzenneger: Eu voltarei!

De Bonsucesso para o mundo: Natalia Weber tem 21 anos e é estudante de jornalismo da UFF (RJ). Parece uma americana, mas é brasileiríssima. É suburbana com orgulho e está prestes a adentrar nos Estados Unidos. Ela nunca viajou de avião, nunca arrumou uma mala tão grande, detesta McDonalds. Vai ser Au Pair numa família muito boa e com (graças a Deus!) uma criança. Uma criança linda, fofa e maravilhosa. Espera ter bastante tempo pra estudar e espera encontrar bons cursos pra fazer e complementar seu currículo. Espera também aprender a dirigir bem rápido pra se mover lá. Espera conhecer Nova York. Por livre e espontânea pressão, tem a possibilidade de visitar a Disney, mas se não conseguir se livrar dessa, promete enviar uma foto esganando o Mickey! Ela está com muitas saudades dos pais e amigos, por isso espera que eles venham sempre aqui.


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Monday, February 11, 2008

Lost in Translation

Tropa de Elite está no Festival de Berlim... e o que já discutimos tanto será testado: Afinal, como traduzir o palavreado do filme? Como manter a ironia, como não prejudicar a delicada psiquê do nosso grande Capitão Nascimento??

Esse filme é praticamente um desafio lingüístico!

Eis partes de uma reportagem do G1 sobre isso:

'Pede pra sair' vira ‘ask to quit’ na estréia internacional de ‘Tropa’
'Tropa de elite' é bem recebido pela crítica no Festival de Berlim.

Sob o título “The elite squad”, ”Tropa de elite” não foi unanimidade, mas causou sensação no Festival de Berlim, onde estréia nesta segunda-feira (11). Apesar de os inesquecíveis bordões do Capitão Nascimento terem sido todos narrados ou traduzidos com neutralidade, a reação da crítica foi positiva.

Exibido para a imprensa presente no evento na manhã desta segunda, “Tropa de elite” recebeu legendas em alemão e foi narrado em inglês, francês e espanhol por meio de fones de tradução simultânea.

Não é preciso nem dizer que metade do charme do filme se perde na tradução. Pede para Sair virou "ask to quit'. "O senhor é um moleque" virou "you're punk”. A goiabada servida no quartel da polícia virou “fresh jelly” e “o fogueteiro” do tráfico virou “the boywatcher”. A essência do primeiro longa-metragem de ficção do diretor José Padilha não se perde. Já a piada...

"O senhor é um fanfarrão" virou algo como "you're buffon". Sem contar que a grande maioria de expressões que fazem do filme um dos mais citados do cinema brasileiro recente não foi simplesmente traduzida. Pudera, como traduzir, e narrar, ao mesmo tempo, expressões como “vaza”, “xaveco”, "caveira!" (o grito de guerra do Batalhão de Operações Especiais da Polícia do Rio era simplesmente ouvido, mas não houve como explicar para a platéia o que significava o tal grito toda vez que ele era repetido no filme?) e “nunca serão” (a provocação dos veteranos aos novatos virou um insosso "never will be”). Sem contar que "põe na conta do Papa' não tem a mínima graça quando traduzido para "on pope's account'.

A narradora do filme em inglês se esforçou, mas como seguir o ritmo de "O Bope tem guerreiros que defendem o Brasil"? Ela até que tentou, mas sem a mesma empolgação dos pupilos do Capitão Nascimento.

E para citar só mais algumas, digamos, lacunas da versão para o inglês, "pega o saco", "traz o saco para ele" (a “delicada” tática de persuasão usada pelo Bope no filme) virou "bring the plastic bag". Safado virou “asshole” e “quebra essa” virou “can you see my point”.

A imprensa estrangeira, obviamente, não entendeu metade das tiradas hilárias do Capitão Nascimento, mas adorou a “cena da granada”, um dos pontos altos do filme dirigido por Padilha (que veio ao festival acompanhado dos atores Wagner Moura e Maria Ribeiro, do diretor de fotografia Lula Carvalho e do produtor Marcos Prado). Mesmo com o esforço dos narradores para acompanhar o pensamento frenético de Nascimento, muita gente não entendeu muito bem os diálogos.

"O início é muito difícil. O capitão explica tantas coisas. E a ação acontece simultaneamente. Além disso, a versão em inglês foi narrada por uma mulher, e filme é quase todo masculino. Isso faz perder o impacto", reclamava um jornalista britânico ao fim da sessão.

Houve quem discordasse. "Mas este filme é quase uma “didascalia” (legenda em italiano), ou seja, explica muita coisa. Sem a legenda e com narração por cima do que os personagens falam fica parecendo sessão do século passado. Prejudica sim", rebateu um italiano. "Não é culpa do filme, mas da estrutura de legendagem e narração", comentou um espanhol.

Apesar dos percalços, a reação da imprensa durante a entrevista coletiva concedida por Padilha e sua equipe foi animada. O diretor afirmou não ter idéia de como o filme será recebido no festival, na Europa e, conseqüentemente, no exterior.

"Tem coisa que a gente não controla na vida. Uma delas é como seu filme vai ser recebido. Mas acho que vai ser visto de um jeito diferente, porque aqui na Europa o histórico cultural e a realidade são outros. Acho que 'Tropa' vai ser visto mais como um filme como qualquer outro e não como um assunto que deu margem a tanta discussão, como aconteceu no Brasil", comentou o diretor, que mostra o filme pela primeira vez fora do Brasil.

Diretor e equipe ouviram as questões que também rondaram o filme em sua estréia brasileira. Houve a curiosidade de sempre sobre como é ter de negociar com traficantes para poder filmar numa favela, a violência, a crueldade da guerrilha dos morros, o ponto de vista de um policial (que foi, claro, comparado a Don Corleone, do clássico “O poderoso chefão”) e a pirataria que “bombou” o lançamento no Brasil.

Ainda nesta segunda, às 16h (horário de Brasília), o filme terá a sua sessão oficial para público e convidados. Assim como visto na sessão para a imprensa, não deverá ser o favorito, mas quase ninguém deve pedir para sair da sessão.


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Taí... é assim que escreve a galera do Post, assim, com personalidade, humor... Pessoal tá aprendendo!

por Weber ! 7:54 AM ! 1 comentários in america

1Comentários:

Bem como a gente imaginou, as traduções ficaram muito sem graça, isso é o tipo de coisa que é muito difícil traduzir, como tu mesma disse "um desafio linguístico"!!

Nossa, se na Europa o filme meio está sendo visto como um file qlqr, imagina então aqui!! Onde esse povo não acha graça de nada!!!

Well, let's wait and see...

Por Anonymous Anonymous em February 11, 2008 at 8:07 AM  

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